Islândia (2024) - dia 6
- Fabio Braga

- 7 de fev.
- 3 min de leitura
Atualizado: 2 de ago.
Dia 6: saída para Akureyri
Na manhã seguinte, saí de Seyðisfjörður e segui para Akureyri, uma cidade com cerca de 19.000 habitantes (dados de 2024), também conhecida como a "capital do norte".
Fiz planos para, em caso de tempo bom, fazer um desvio que iria adicionar mais de duas horas ao roteiro, por um bom motivo: visitar uma colônia de puffins, ou papagaios do mar, aves típicas do hemisfério norte, que migram para a Islândia na primavera.
Por sorte, o tempo estava aberto e segui para Borgarfjarðarhöfn, onde se localiza uma colônia de puffins. As aves se agrupam em uma rocha, onde foi construída uma estrutura com escadas de madeira para facilitar a observação por parte dos turistas. Nestas plataformas, é possível ver os puffins a poucos metros de distância - a impressão é de estar dentro da colônia com as aves.
Para os fotógrafos, apesar da proximidade com as aves, a dica é usar uma lente com grande distância focal. A EF 70-300 me permitiu tirar fotos com uma qualidade absurda, dada a proximidade das aves somada à distância focal mais longa.
Depois de ver as aves, tomei um café no mesmo local, que conta com um centro de visitantes com excelente estrutura e peguei novamente a estrada. Sem atentar para detalhes de rota, lancei o destino no Waze e segui viagem. Eu imaginei que o GPS calcularia a rota para Akureyri descendo a estrada 94 sentido sul, passando por Egilsstatir e retornando à Rota 1, depois direto para o destino.
No entanto, o Waze calculou a rota mais curta, passando por algumas estradas de cascalho (F-Road). Acabei seguindo por este caminho quando calculei a distância pela rota asfaltada, que seria muito maior. Como estava com o carro 4x4, continuei pelo trajeto indicado pelo navegador. Da 94, entrei na rota 944, depois segui pela rota 925 até finalmente voltar para a rota 1.
O caminho determinado pelo GPS valeu a pena para conhecer Geirsstaðakirkja, uma igrejinha de turfa da era Viking, reconstruída entre 1999 e 2001, depois que uma escavação arqueológica encontrou os restos da igreja original (930 DC-1262 DC).

Antes de chegar em Dettifoss, fiz a parada mais inusitada da viagem - em um trecho sem nenhuma presença humana, encontrei um posto de gasolina com um café anexo. Quando digo no meio do nada, quero dizer LITERALMENTE no meio do nada… a paisagem neste trecho da Rota 1 parece Marte, como mostra o vídeo abaixo. De repente, surge o café/restaurante/posto de gasolina Beitarhúsið.
café/restaurante Beitarhúsið e vista do local
Pedi apenas um capuccino com um donut chamado Árstarpungar, ou "Love Ball". Mais uma surpresa: o donut tem basicamente o mesmo sabor de um… bolinho de chuva ! Até hoje custo a acreditar neste lugar que encontrei por mero acaso. Na minha opinião, é uma parada obrigatória a caminho da região norte.
Chegando a Dettifoss, é necessário caminhar por volta de 1km para chegar à cachoeira, mas a vista vale cada metro caminhado. A queda d'água é magnífica, um espetáculo absurdo de força da natureza. A estrutura do local conta com banheiros mas, ao menos quando fui, não havia local para comer. Na foto abaixo à direita, preste atenção nas pessoas andando à margem da cachoeira, para ter uma ideia de escala.
O último destino antes de chegar a Akureyri foi a área geotérmica de Hverir, um conjunto de fontes termais e fumarolas com um forte cheiro de enxofre e uma estrutura limitada. O estacionamento é caro e não conta com banheiros, mas, ainda assim, a visita vale a pena pela paisagem impressionante — mais uma daquelas vistas que nos fazem sentir em outro planeta.
Após almoçar um "fish and chips" medíocre e caro na estrada, deixei a queda d'agua de Goðafoss para o dia seguinte, por conta de uma garoa que começava a cair… uma decisão da qual me arrependi depois - explico mais adiante.
Para chegar em Akureyri, é preciso passar pelo túnel Vaðlaheiðargöng, o único pedagiado na ilha. É preciso pagar o pedágio no site https://www.veggjald.is/en a partir de 24 horas antes ou 24 horas após a passagem pelo túnel, pois não há cabines para pagamento e a leitura da placa é feita automaticamente durante a travessia.

Em Akureyri, pernoitei no K16 Apartments, em um excelente e amplo quarto, com cozinha e sala. Além disso, este prédio conta com a conveniência de máquinas de lavar e secar roupa, que utilizei para renovar meu estoque de peças limpas.





























Comentários